Para amenizar o caos na saúde, o Amazonas recebe, até esta terça-feira (19), 107 mil m³ (metros cúbicos) de oxigênio doados pelo distrito de Bolívar, na Venezuela. O consumo diário no Amazonas é de 76 mil m³. Com essa doação, será possível atender a demanda atual do estado.
Segundo o governo amazonense, a capacidade de entrega das empresas tem sido somente de 28.200 m³ por dia; e o déficit é de 48.300 m³ por dia.
A Força Aérea Brasileira também está transportando oxigênio para o estado. São quatro voos diários da FAB com oxigênio líquido para abastecer as unidades de saúde amazonenses. O envio do material faz parte da ação integrada entre governo do estado, FAB e Ministério da Saúde, para reforçar o abastecimento da rede de hospitais.
Por causa da falta de oxigênio, 77 pacientes de Manaus foram transferidos para outros estados. Foi o caso do senhor Francisco Ferreira de Lima, de 92 anos, que veio para Brasília.
A situação da falta de oxigênio fez com que a Procuradoria-Geral da República determinasse a instauração de um inquérito epidemiológico e sanitário para apurar o colapso na saúde do estado.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, quer saber as causas e as responsabilidades pelo colapso no sistema de saúde de Manaus, e também se qualquer mudança no perfil do vírus influenciou a dinâmica da epidemia.
Nesse domingo, o governo do Amazonas prorrogou o decreto com restrições para o combate ao coronavírus. O funcionamento das atividades econômicas não essenciais segue suspenso até o dia 31 de janeiro, com toque de recolher das 19h às 6h.
