Vacina de Oxford tem eficácia no combate a variante brasileira
Um estudo preliminar apontou que a vacina de Oxford/ Astrazeneca, que no Brasil está sendo produzida pela Fiocruz, demonstrou eficácia em neutralizar a variante brasileira do novo coronavírus.
De acordo com o estudo, a chamada P1, identificada em janeiro, em Manaus, reage de forma similar à variante britânica ao imunizante de Oxford. Ou seja, a vacina tem impacto na neutralização do vírus.
A informação, divulgada pela Fiocruz, é da coordenadora dos centros de pesquisa da vacina de Oxford no Brasil e diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena, na Itália, a médica carioca Sue Ann Costa Clemens.
A pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas e nem publicada em revista, mas já está disponível na internet.
O estudo aponta que apesar da pequena perda de neutralização na comparação com as cepas mais comuns, ainda assim o efeito das vacinas não ficou comprometido.
A eficácia do imunizante para a cepa brasileira fica acima dos 70% nos casos leves e chega a 100% quando se tratam de casos graves e hospitalização.
No mês passado, a Universidade de Oxford já havia anunciado que a vacina é eficaz contra a variante do Reino Unido, chegando a 75% de eficácia.
O estudo contou com a colaboração de pesquisadores da Fiocruz Amazônia e do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz.
O trabalho avaliou a capacidade da cepa originada no Amazonas de escapar de anticorpos – não somente os induzidos por vacinas, mas também daqueles gerados por quem teve a infecção há mais tempo, e os chamados anticorpos monoclonais, que são um tipo de remédio biológico.
Os pesquisadores coletaram amostras de soro de 25 pessoas que receberam a vacina de Oxford e 25 que receberam o imunizante da Pfizer.