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Saúde

Butantan pede autorização para iniciar testes da ButanVac em humanos

Estudo da vacina nacional precisa ser aprovado pela Anvisa
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Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional
23/04/2021 - 19:55
São Paulo

O Instituto Butantan entrou com pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes da vacina ButanVac em humanos.

O pedido é para fazer os testes das fases 1 e 2 da vacina, que medem a segurança e a eficácia do imunizante.

Pela previsão do diretor do instituto, Dimas Covas, depois de autorizados os estudos, os primeiros resultados podem ser conhecidos em um prazo de 17 semanas, cerca de 4 meses. Ele pediu agilidade da agência na análise.

Seguindo essa previsão, se a Anvisa aprovar o início dos testes na semana que vem, em setembro já poderia ser feito o pedido de uso emergencial.

Apesar do pedido de agilidade, o Butantan demorou quase um mês para encaminhar para a Anvisa toda a documentação do pedido. Esse pedido de autorização foi aberto no dia 26 de março e, segundo a Anvisa, a solicitação de complementação de informações foi feita no dia 29.

A Agência informou que o prazo de análise do pedido é de 72 horas.

Entre as informações que faltavam na primeira requisição estavam detalhes sobre o perfil dos voluntários e locais onde serão feitos os testes.

Dimas Covas explicou que os voluntários devem ser pessoas adultas, inclusive aquelas que já foram vacinadas ou que já tiveram contato com o vírus. Não foram divulgados os locais onde serão feitos os testes.

O instituto prometeu começar a produção da ButanVac a partir de junho, mesmo antes dos primeiros resultados dos testes. A expectativa é ter 40 milhões de doses prontas a partir de julho.

A vantagem da ButanVac, caso ela se mostre eficiente contra o coronavírus, é que o ingrediente básico para a produção da vacina, o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), seria fabricado pelo próprio Butantan, sem a necessidade de importação.

A CoronaVac, por exemplo, chegou a ter produção suspensa pelo Butantan por atrasos na entrega do IFA, que é fabricado na China. Nesse momento, o Brasil aguarda a chegada de mais de 3 mil litros do insumo para a fabricação de cerca de 5 milhões de doses da vacina, mas ainda não foi definido um prazo para a entrega.

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