O Ministério da Saúde suspendeu temporariamente o uso da vacina Oxford/AstraZeneca para gestantes e mulheres puérperas, ou seja, aquelas que tiveram filhos em menos de 45 dias, e não possuem comorbidades.
No fim da semana passada, uma mulher grávida, que havia tomado vacina de Oxford/AstraZeneca e fabricada pela Fiocruz, teve um tipo raro de trombose. E, nessa segunda-feira (10), morreu após sofrer um acidente vascular cerebral.
O ministro Marcelo Queiroga disse que a pasta mantém a imunização para quem tem comorbidade, mas somente com as vacinas CoronaVac e Pfizer.
A Anvisa alertou que as vacinas devem ser usadas de acordo com as orientações das bulas. A da AstraZeneca não previa o uso em gestantes sem comorbidades. A orientação para imunizar esse grupo foi feita na semana passada, em uma nota técnica do Ministério da Saúde.
O monitoramento feito por meio da plataforma e-SUS Notifica identificou que, até o último domingo, entre os quase 48 milhões de vacinados no Brasil, ocorreram 11 eventos graves supostamente relacionados à vacinação de gestantes. Todos estão em investigação.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Franciele Francinato, detalhou quais foram esses eventos.
As gestantes que têm comorbidade devem ser vacinadas contra a covid por um imunizante de outro laboratório, que não seja a vacina da AstraZeneca.
Quem está grávida e não tem comorbidade ou já tomou a AstraZeneca, deve aguardar a publicação de uma nova nota técnica do Ministério da Saúde. A expectativa é que o documento saia ainda esta semana.
O ministro Marcelo Queiroga antecipou que essa restrição ao uso da vacina da AstraZeneca deve ser tema de um comunicado da Organização Mundial da Saúde, também nos próximos dias.