A Anvisa autorizou, nessa quarta-feira, o Instituto Butantan a fazer os testes em humanos da vacina brasileira Butanvac. Agora, os pesquisadores devem apresentar algumas informações complementares e, em seguida, podem começar os estudos clínicos de fases 1 e 2 com voluntários.
Cada uma dessas fases é dividida em três etapas. A primeira vai envolver 400 voluntários. E, ao fim das fases 1 e 2, cerca de seis mil pessoas devem ter participado do estudo. Todas elas devem ter 18 anos ou mais.
A vacina Butanvac será aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias. O teste deve ser realizado em dois hospitais de Clínicas da Universidade de São Paulo: um na capital do estado e outro em Ribeirão Preto.
Para autorizar o estudo clínico, a Anvisa analisou uma série de pesquisas apresentadas pelo Butantan. Elas precisaram deixar claros todos aspectos do estudo e garantir a segurança dos voluntários.
Com a decisão da agência reguladora, o país passa a ter quatro vacinas em teste. No dia 8 de abril, a Anvisa autorizou estudos do imunizante fabricado pelas farmacêuticas Medicago, do Canadá, e GSK, do Reino Unido; em 19 de abril foi autorizada a pesquisa do laboratório chinês Sichuan Clover Biopharmaceuticals; e, no dia 13 de maio a Anvisa deu sinal verde para os testes da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech.
Outras duas vacinas estão na fila. Uma é a Versamune, desenvolvida pela startup brasileira Farmacore, e a UB-612, da também brasileira Intrials. A Anvisa ainda aguarda mais informações dos desenvolvedores para analisar o pedido e conduzir estudos em humanos.