Dia Nacional da Imunização lembra da importância de se vacinar

Data reforça papel da vacina na prevenção de doenças

Publicado em 09/06/2021 - 11:54 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo

O dia 9 de junho é o Dia Nacional da Imunização. A data, criada para lembrar do papel das vacinas na prevenção de doença, ganha ainda mais importância com as quedas na cobertura vacinal no país nos últimos anos.

Vacina é tecnologia antiga. Os primeiros imunizantes surgiram na China há mais de mil anos. No ocidente, são mais recentes, pouco mais de 200 anos, e no Brasil, as vacinas começaram a ser adotadas na primeira metade do século XIX, mas só depois de muita resistência viraram política pública de saúde.

Da revolta das vacinas, em 1904, à erradicação de doenças como a poliomielite, em 1994, ou o sarampo, em 2016, o Brasil acumulou experiência e virou referência internacional pelo seu Programa Nacional de Imunização, o PNI, que coloca o Brasil no primeiro lugar do mundo na oferta de vacinas gratuitas para toda a população. São 45 imunizantes diferentes para diferentes faixas etárias.

Mas há cinco anos vem caindo a cobertura vacinal no Brasil e em 2019, pela primeira vez, o país não conseguiu alcançar a meta mínima de cobertura de vacinação de crianças de até um ano, que varia entre 90 e 95%, dependendo da vacina.

O cenário que já era crítico ficou ainda mais grave com a pandemia de covid-19, que afastou as pessoas das unidades de vacinação. Em 2020, a tríplice viral, por exemplo, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, e tem meta de cobertura de 95%, chegou a menos de 56% das crianças.

Os números foram apresentados pela coordenadora do PNI, Francieli Fontana, durante a Jornada Nacional de Imunizações.

Doenças que tinham sumido do mapa já estão aparecendo. Em 2019, o Brasil voltou a registrar casos de sarampo. Agora, especialistas como a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Isabella Ballalai, temem, por exemplo, o retorno da poliomielite.

A taxa de cobertura da poliomielite em 2020 foi de 74%, mas a meta era de 95%. Isabella alerta que essa taxa é uma média nacional e que em algumas regiões os índices são ainda mais baixos. No Acre, por exemplo, ficou em 43% e no Rio de Janeiro, 53%. A poliomielite é popularmente chamada como paralisia infantil e deixa sequelas graves como problemas nas articulações, crescimento diferente das pernas e paralisia dos músculos da fala e da deglutição.

Edição: Roberto Piza/ Renata Batista

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