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Saúde

30 de agosto é Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

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Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional
30/08/2021 - 15:01
Brasília

Alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Esse é o motivo do 30 de agosto ser o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo. No Brasil, são cerca de 35 mil pessoas.

A média de idade em que as pessoas são diagnosticadas é aos 30 anos, e a doença acomete mais mulheres, na proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado.

Os surtos de esclerose múltipla são crises inflamatórias, e variam em número e frequência, de pessoa para pessoa. Entre os sintomas, estão fadiga, rigidez, fraqueza muscular, desequilíbrio, e dificuldades para falar e engolir, além de alterações emocionais.

A doença ainda não tem cura, mas o tratamento evoluiu nos últimos anos, como explica a neurologista Raquel Vassão: "Nos últimos três, quatro anos, a gente passou a ter disponíveis medicamentos mais seguros e mais eficazes, o que é importante, porque o paciente carrega essa doença crônica para a vida toda, e o tratamento também".

A presidente da Associação Amigos Múltiplos, Bruna Rocha, que têm esclerose múltipla há 21 anos, destaca que atualmente a maior dificuldade é o tempo que algumas pessoas levam para ter o diagnóstico, após os primeiros sintomas. Algumas demoram anos. O que atrasa o tratamento. Bruna ressalta que, embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, a evolução da doença pode ser retardada.

E a Associação Amigos Múltiplos promoveu várias campanhas de conscientização neste mês, chamado Agosto Laranja, para que as pessoas compreendam a importância de iniciar o tratamento logo após os primeiros sintomas. Na noite desta segunda-feira, o monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, vai ser iluminado para chamar a atenção para a doença.

E em pleno Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, o Brasil conquistou o segundo ouro no lançamento de disco, na Paralimpíada de Tóquio. A atleta paulista Elizabeth Gomes, diagnosticada com a doença em 1993, quando era jogadora de vôlei, ainda quebrou duas vezes o próprio recorde mundial na modalidade.

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