Estudo aponta que brasileiros têm mais insônia na pandemia
Dormir nunca foi tarefa fácil para a brasiliense Maurina Nascimento, de 64 anos. A aposentada conta que sofre de insônia há mais de 20 anos, mas que depois da pandemia ficou bem pior. Ela explica que o medo é o que mais incomoda hoje em dia.
E a Maurina não está sozinha. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto do Sono, de São Paulo, revelou que a dificuldade de dormir tem afetado quase 70% dos brasileiros na pandemia. Além disso, cerca de 60% das pessoas acordam mais vezes durante a noite. O levantamento ouviu 1.600 pessoas de 24 estados no Brasil, por meio de um questionário virtual.
A médica e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, explica que as pessoas estão demorando mais tempo para conseguir pegar no sono, estão acordando mais vezes durante a noite, se queixam de ter pesadelos e se sentem indispostos ao longo do dia. Isso tudo efeito da pandemia.
De acordo com Helena, as causas da insônia podem ser físicas, como dores ou alguma doença, ou fatores psíquicos como excesso de preocupações, medos e ansiedade, por exemplo.
Mas é preciso ter atenção porque a insônia frequente precisa ser tratada para não trazer danos à saúde. A médica explica quais os sinais de alerta que devemos observar.
Buscar ajuda e ter uma rotina saudável perto da hora de dormir podem contribuir e muito para o sono de qualidade. Helena Hachul explica o que é a higiene do sono e como ela pode ajudar.
A privação do sono a longo prazo pode trazer inúmeros problemas de saúde, como irritabilidade, falta de memória, diabetes, doenças cardiovasculares e infertilidade.





