Número de psicólogos cadastrados para teleatendimento triplica no país

Publicado em 07/09/2021 - 08:30 Por *Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Declarada há cerca de um ano e meio, a pandemia de covid-19 já levou a vida de mais de quatro milhões de pessoas, em todo o planeta. Hospitais superlotados, famílias em luto, pessoas adoecidas isoladas, distanciamento social, fechamento de comércios, desemprego. Essa é a realidade imposta pelo coronavírus e suas variantes com altas taxas de contágio e letalidade.

Com a pandemia, veio o aumento de casos de adoecimento e sofrimento mental das pessoas. A presidente do Conselho Federal de Psicologia, Ana Fernandes, explica que é preciso ficar atento aos sinais de sofrimento e quando isso precisa de tratamento. Segundo Fernandes, o sofrimento não pode gerar prejuízos na sua vida prática. 

Depois de mais de 20 milhões de pessoas que já tiveram covid, no Brasil, e mais de 500 mil que perderam a vida, já se sabe que o medo e a incerteza podem gerar danos psicológicos, que demandam apoio profissional. A servidora pública de Brasília, Karine Ferreira, conta que começou a fazer terapias online, durante a quarentena, porque desenvolveu depressão e, agora, se sente melhor, diante do acompanhamento profissional. Ela estava com transtornos de ansiedade e mesmo sem a proximidade de um terapeuta de forma presencial, a terapia online tem ajudado Ferreira a continuar a vida.

O Conselho Federal de Psicologia não tem o levantamento de quantas pessoas passaram a buscar o atendimento psicológico, no último ano. No entanto, viu disparar o número de profissionais que se cadastraram na plataforma e-psic, ferramenta obrigatória para psicólogos que atendem online. Ana Ferreira, que preside o conselho da categoria, conta que, desde o início da pandemia, o número de psicólogos cadastrados para atendimento online mais que triplicou. 

Segundo o Conselho, independente da forma em que é feito o atendimento, seja presencial ou online, todos os profissionais devem seguir o código de ética da profissão. A presidente da entidade, Ana Fernandes, explica que os danos da pandemia e os contextos inseridos na atual situação são sérios e que a saúde mental precisar ser olhada com mais atenção pela sociedade e nas políticas públicas. Além disso, é preciso ter percepção de si mesmo: observar quando algo não está bem e notar os sinais para procurar ajuda.

*Com produção de Dayana Victor.

Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi

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