A partir dessa quarta-feira (15), os idosos acima de 85 anos que moram na capital paulista vão receber apenas o imunizante da Pfizer quando forem tomar a terceira dose da vacina.
Podem tomar a dose de reforço os idosos que foram vacinados com a segunda dose há mais de 6 meses.
Até agora, o município vinha seguindo a orientação do governo do estado, que permitia o uso da Coronavac na terceira dose. Só que essa orientação vai contra a do Ministério da Saúde, que prioriza o uso do imunizante da Pfizer na dose de reforço e, na ausência dele, os imunizantes da Astrazeneca e da Janssen, excluindo a Coronavac do esquema de vacinação.
A decisão foi anunciada no mesmo dia da entrega de mais de 344 mil doses da Pfizer para a prefeitura.
A vacina da farmacêutica norte americana também está sendo usada para completar o esquema vacinal de quem tomou a primeira dose da AstraZeneca até que os estoques da vacina sejam restabelecidos. Desde a última sexta-feira (10) não existem mais doses do imunizante na capital paulista.
O Supremo Tribunal Federal analisa ação movida pelo governo de São Paulo para que o Ministério da Saúde envie um milhão de doses da Astrazeneca que, segundo o estado, deveriam ter sido entregues no começo de setembro para a aplicação da segunda dose.
Já o Instituto Butantan enviou ao Ministério da Saúde, nessa quarta-feira (15), mais de cinco milhões de doses da vacina CoronaVac.
Segundo o governo de São Paulo, com essa remessa, o Butantan concluiu a entrega dos 100 milhões de doses da vacina contratadas pelo Ministério da Saúde. O prazo terminaria no dia 30 de setembro.
Mas, apesar de dar como concluído o contrato, ainda restam cerca de 8 milhões de doses da vacina, suspensas pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por terem sido envasadas em uma fábrica da Sinovac na China que não foi credenciada pela agência.
Nessa terça-feira (14), o governo de São Paulo decidiu que vai substituir todas as doses que foram interditadas. O Butantan já encaminhou 1 milhão e 800 mil doses extras e prometeu entregar um novo lote com 5 milhões de doses que vão chegar prontas da China e que foram envasadas em um fábrica certificada.
A previsão do Instituto é substituir todas as doses suspensas até o dia 29 de setembro.