A campanha do Novembro Azul completa neste mês uma década alertando a população masculina do Brasil sobre os cuidados em relação à saúde. Inicialmente, a campanha era voltada apenas à prevenção do câncer de próstata, mas evoluiu até virar um movimento pela saúde integral do homem que, por barreiras culturais e sociais, vive de seis a sete anos menos que as mulheres.
E um dos motivos é que os homens não procuram um médico com antecedência. Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, que lidera a campanha do novembro azul, mostrou que 62% dos brasileiros só procuram um serviço de saúde quando os sintomas estão insuportáveis.
A fundadora e presidente do Instituto, a médica Marlene Oliveira, destaca que a diferença entre a vida e a morte depende de descobrir cedo o câncer de próstata.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, mais de 65 mil homens foram diagnosticados com tumor na próstata em 2020 e quase 16 mil morreram em 2019 por causa dessa doença.
O aposentado Antônio Carlos Carolino, de 68 anos, descobriu o câncer cedo. Fez a cirurgia e continua com a vida normal, mas trabalha alertando os amigos que resistem a fazer os exames.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens sem sintomas ou sem fatores de risco procurem um médico para avaliação sobre o câncer de próstata a partir dos 50 anos. Porém, homens negros ou que tenham um parente de primeiro grau com câncer devem procurar um médico já aos 45 anos.
Lucas Pordeus León - Repórter da Rádio Nacional
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