logo Radioagência Nacional
Saúde

Síndrome de Burnout passa a ser reconhecida como doença

Baixar
Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional
01/01/2022 - 09:20
Brasília
Caminhos da Reportagem/Burnout
© Caminhos da Reportagem/TV Brasil

Entendida como estresse crônico relacionado ao trabalho, a Síndrome de Burnout, do inglês “burn’, que pode ser ‘chama ou energia’, e “out”, ‘sem’, tem sido muito debatida, em especial no contexto da pandemia. Agora, a condição mudou de patamar e passou a ser reconhecida como doença.

O termo foi incluído na 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11, que passa a vigorar a partir deste sábado, 1º de janeiro de 2022.

O presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, explica como a inclusão da Síndrome de Burnout no documento pode ajudar na prevenção e tratamento da condição clínica.

A atualização da CID foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde em junho de 2018. De lá para cá, os mais de 100 países que utilizam a ferramenta puderam debater e planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.

Um dos pontos polêmicos do documento, que se assemelha a um glossário, era a inclusão da velhice como diagnóstico de doença. Após críticas de várias organizações médicas, a OMS revisou a decisão e deixou de inserir o termo na atualização.

Para a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Ivete Berkenbrock, a inclusão era equivocada.

Outra mudança de grande repercussão foi a retirada da transexualidade da categoria de transtornos mentais. Na nova CID, a condição passa a ser classificada como ‘incongruência de gênero’.

O médico César Eduardo Fernandes, da AMB, ressalta como tem sido o trabalho médico em relação à identidade de gênero.

A CID-11 é a base para identificar tendências e estáticas de saúde em todo mundo e contém mais 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, que permitem o compartilhamento de informações de saúde em nível global.

x