A ocupação de leitos de UTI para casos de covid-19 entre pacientes de planos de saúde saltou de 44% para 61% em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado. O balanço foi feito pela ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, e divulgado na última sexta-feira.
Enquanto isso, a ocupação de UTI para outros procedimentos manteve a estabilidade e ficou em 75% em janeiro. Em média, a ocupação desses leitos ficou em 73% durante o mês passado - três pontos percentuais acima do índice de janeiro de 2021.
O crescimento dos casos graves de covid-19 no começo deste ano obrigou os hospitais conveniados a planos de saúde a aumentarem a oferta de leitos de UTI. Isso interrompeu a tendência de queda que havia começado em abril do ano passado.
O que também subiu foram as consultas em pronto-socorro que não geraram internação. Elas atingiram o nível mais alto desde o começo da pandemia, em março de 2020. E a busca por exames e tratamentos ficou 12% acima do observado em janeiro do ano passado.
Com mais gente usando os serviços dos planos de saúde, aumentaram as reclamações. O levantamento da ANS indica que a quantidade de queixas em janeiro foi 15% maior que em dezembro. Foram quase 1.600 reclamações de quem procurou atendimento por covid-19. A maioria delas relatava dificuldades para realizar exames e tratamento para a doença. De acordo com a ANS, as operadoras dos planos resolveram mais de 90% dessas reclamações.
Atualmente, 49 milhões de brasileiros usam planos de saúde.