Mesmo com a evolução dos tratamentos, a tuberculose ainda é um dos mais graves problemas de saúde pública no país. E apesar de ter cura, a “peste branca”, como ficou conhecida no século XIX, é a doença infecciosa que mais mata no mundo.
Mas, ao contrário daqueles anos, hoje o tratamento da tuberculose é acessível a todos. Os pacientes têm cuidados gratuitos disponíveis no Sistema Único de Saúde.
No Rio de Janeiro, o quadro preocupa. Um levantamento recente da Secretaria Estadual de Saúde aponta o estado na segunda posição do ranking nacional relativo à incidência da doença, sendo o primeiro em mortalidade por esta causa. De acordo com a secretaria, o número de casos saltou 7,7% na comparação 2020/2021, quando houve quase 14.500 registros. E pela primeira vez em mais de uma década, houve um aumento de mortes, agravado, segundo especialistas, pela covid-19. Em 2019, antes da pandemia, foram 659 óbitos, número que subiu para 765 no ano seguinte e superou 800 em 2021.
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o governo do Rio de Janeiro anunciou investimentos de mais de R$ 19 milhões para custear tratamentos no estado. A iniciativa faz parte de uma cooperação técnica em parceria com a Assembleia Legislativa e vai destinar o valor de R$ 250 em auxílio alimentação a cada paciente em atendido.
Com 7 mil casos por ano, a capital fluminense é a segunda cidade do Brasil em incidência de casos; Dados da Frente Parlamentar de Prevenção e Combate à Tuberculose da Câmara Municipal apontam que o Rio registra 89,9 registros a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para Manaus com 90,1 casos para cada cem mil habitantes.
O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Sorans, reforça a importância de seguir o tratamento para tuberculose até o fim.
Criado em 1982 pela Organização Mundial da Saúde, o dia mundial de alerta foi definido para marcar os 100 anos da descoberta do bacilo causador da tuberculose, em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.