O câncer é a maior causa de morte entre crianças e adolescentes por doença no país. A cada ano, são diagnosticados 8 mil e 500 novos casos de câncer infantil no Brasil. E para melhorar a qualidade no atendimento desses pacientes na rede pública de saúde foi sancionada nesta quarta-feira (09) pelo presidente Jair Bolsonaro a Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica.
Entre as metas, está melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade e o abandono ao tratamento das crianças e dos adolescentes com câncer. Isso por meio de ações destinadas à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento da doença, bem como à assistência social e aos cuidados paliativos.
Maria Ângela Ferreira, presidente da Abrace, a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias, comenta sobre a importância dessa política para os pacientes.
O relator desse projeto de lei no Senado, Lasier Martins, do Podemos gaúcho, destaca que a taxa de morte por câncer infantil no Brasil, com 44 óbitos por milhão de habitantes, é duas vezes maior que a dos Estados Unidos.
Atualmente, a chance de sobrevida de crianças e adolescentes com câncer em países com alto Índice de Desenvolvimento Humano é de 85%. No Brasil, atualmente, as chances são menores de 64%.
Pela Lei, Estados, municípios e o Distrito Federal deverão criar uma regra de compartilhamento de dados entre os setores público e privado, fazer campanhas nacionais e regionais de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, além de incentivar o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, lembrado anualmente em 15 de fevereiro.