Uma pesquisa da Fiocruz analisou a efetividade da CoronaVac diante da variante ômicron e constatou que a melhor proteção é obtida com um reforço da vacina da Pfizer. Os resultados confirmam a recomendação do Ministério da Saúde, de priorizar a utilização de imunizantes de RNA mensageiro na terceira dose contra a covid, independentemente do esquema vacinal primário. No Brasil, a vacina com essa tecnologia é da Pfizer.
No período de predominância da cepa ômicron, entre setembro de 2021 e março desse ano, a eficácia das duas doses de CoronaVac ficou em 8,1% contra os casos da doença sintomáticos e de 57% contra desfechos graves da infecção. Já com a dose de reforço da mesma vacina, a efetividade subiu para 15 e 71,3%.
Mas quando a terceira dose aplicada foi a da Pfizer, a proteção aumentou de forma significativa, chegando a 56,8% nas infecções leves e 85,5% contra os registros graves.
Além disso, o estudo concluiu que a dose de reforço da CoronaVac fornece proteção adicional limitada, e já começa a ter declínio no prazo de 90 dias, mesmo contra casos de maior gravidade. Por outro lado, a dose de reforço de Pfizer proporciona proteção sustentada nessas situações por pelo menos três meses.