No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta segunda-feira, a Fundação do Câncer, em parceria com a Associação Nacional das Universidades Particulares, lançou campanha para esclarecer e alertar sobre os perigos de uma prática que vem ganhando adeptos entre os jovens.
Com os dizeres “Cigarro eletrônico: parece inofensivo, mas não é", a mobilização tenta frear o crescimento do uso dos chamados “DEFs”, dispositivos eletrônicos para fumar, apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibir a comercialização, importação e a propaganda de todos os tipos do produto.
Uma pesquisa do Ministério da Saúde apontou que mais de 2 milhões de pessoas já usaram esses dispositivos eletrônicos para fumar, sendo a maior prevalência na faixa etária entre 18 e 24 anos.
Outra pesquisa recente, da Covitel, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, realizada em todo o país nos primeiros meses do ano, mostrou que um em cada cinco jovens usa o produto.
Diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni afirma que, mesmo proibidos, empresas conseguem fazer propaganda subliminar desses produtos. Ele alerta que o cigarro eletrônico muitas vezes tem concentração de nicotina acima do convencional e pode oferecer os mesmo riscos que o cigarro de tabaco para diversos tipos de cânceres.
Ainda de acordo com Luiz Augusto Maltoni, além dos cânceres, o uso dos Defs também está relacionado ao agravamento ou o surgimento de outros males, como asma, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e vasculares, além de infecções agudas.
A campanha da Fundação do Câncer contra os cigarros eletrônicos se estende até o fim do ano. Foram produzidas cerca de 20 peças publicitárias, com mensagens para uso gratuito das instituições de ensino na mobilização dos seus alunos, em diversas plataformas.
E em parceria com a Ecoponte, concessionária que administra a Ponte Rio-Niteroi, as mensagens também estarão nos painéis de LED nas cabines de pedágio.