Investir em desenvolvimento e produção de medicamentos no Brasil, que atualmente tem apenas 5% da participação do setor privado. Esse foi o convite feito pelo ministro da saúde Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (16), a industriais do país e do exterior, na abertura do primeiro Fórum Global do Complexo da Saúde.
Queiroga destacou que o país é um dos maiores mercados mundiais para a indústria farmacêutica. Ele citou como exemplo de sucesso a parceria da Fiocruz com a farmacêutica britânica que produz a vacina contra a covid, AstraZeneca.
A representante da Opas - Organização Pan-Americana da Saúde, Socorro Gross, lembrou que, no ano passado, a organização aprovou uma resolução que dá prioridade a iniciativas de inovação na área farmacêutica, e que os países devem buscar soberania na produção de medicamentos para as populações, para não dependerem só da importação.
Entre as propostas apresentadas na abertura do fórum, está a regularização da política nacional de inovação tecnológica na saúde, e o aperfeiçoamento de normas que regulam as PDP - Parcerias para o Desenvolvimento de Produtos.
Como exemplo, foi relatado que, nos últimos dez anos, o país recebeu 194 projetos no setor, que resultaram na produção de 36 medicamentos biológicos. Foi citado ainda o caso de medicamentos para doenças raras que, por não serem fabricados no Brasil, muitas vezes geram judicialização e altos custos para o Sistema Único de Saúde, às vezes para atender a apenas um paciente.