Pesquisa da UFMG cria dispositivo que identifica se o bebê é prematuro

Publicado em 26/12/2022 - 08:33 Por Madson Euler - Repórter da Rádio Nacional - São Luiz - MA

O aparelho de baixo custo e não invasivo, que vem sendo pesquisado desde 2015 pelo grupo de estudo da Universidade Federal de Minas Gerais será de grande valia para as equipes que realizam partos nas unidades de saúde onde, muitas vezes, as mães não têm acesso a um pré-natal de qualidade ou sequer fizeram um único ultrassom durante a gravidez.

 O equipamento batizado de “Preemie-Test”, utiliza uma tecnologia à base de luz de LED capaz de determinar com mais precisão a idade gestacional dos bebês nos primeiros minutos após o nascimento e, assim, identifica se essa criança  é prematura e quais cuidados são necessários logo após o parto. 

A coordenadora do estudo, a Dra. Zilma Reis, explica como funciona o equipamento, que faz uma leitura da possível idade da pele do recém nascido: "A gente consegue identificar a maturidade da pele, utilizando um feixe de luz, na região do calcanhar. É como se fosse um termômetro , só que um pouco maior. Ele emite uma luz e essa leitura pela luz, consegue datar a gravidez, pela transparência da pele. Então, o bebê prematuro a pele é fininha e a luz passa com facilidade, enquanto que um bebê de nove meses, que tá nascendo na hora certa, a luz não vai conseguir penetrar. Então a gente teve uma escala, de maturidade da pele, baseado nessa transparência à luz."

A pesquisadora relatou que todos os testes de segurança, eficácia e ensaios clínicos já foram realizados e que os resultados já foram publicados em revistas científicas.

A pesquisa foi feita com 781 bebês entre 2019 e 2021 em cinco hospitais públicos: dois no estado de Minas Gerais e os demais no Maranhão, Rio Grande do Sul e em Brasília. Uma segunda etapa de validação do dispositivo foi realizada de junho de 2020 a abril de 2021 com 305 bebês nascidos com peso inferior a 2 quilos e meio, em Belo Horizonte e no Hospital Central de Maputo, em Moçambique, na África. 

A empresa criada e licenciada pela UFMG, com sede no Brasil e em Portugal, será a responsável por produzir e comercializar o dispositivo em todo o mundo. A Anvisa já liberou a fabricação no fim de novembro. 

Edição: Nádia Faggiani / Beatriz Arcoverde

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