Estudo realizado por pesquisadores do Inca – o Instituto Nacional do Câncer - mostra que nove em cada dez adolescentes, entre treze e dezessete anos, tem acesso cada vez mais fácil ao cigarro, apesar da venda ser proibida a menores.
De acordo com a pesquisa, publicada na revista “Cadernos de Saúde Pública”, a maior parte das compras é feita em estabelecimentos comerciais, como: padaria, cafeteria, mercados e bancas de jornal.
O médico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da Fundação do Câncer, faz um alerta sobre o uso do cigarro e das novas formas de fumar, como os cigarros eletrônicos. Ele destaca ainda que o fumo, ativo ou passivo, pode levar a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, respiratórias e câncer.
Ao comparar dados de 2015 e 2019, da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, os resultados apontam para a falta de fiscalização e de cumprimento da lei. Maltoni ressalta que o tabagismo representa um custo econômico e social para o país.
No Brasil, o SUS - Sistema Único de Saúde, oferece tratamento gratuito para quem quer parar de fumar. Segundo dados do Ministério da Saúde, a grande porta de entrada para esse tratamento ocorre por meio das Unidades Básicas de Saúde que, em 2019, concentrou 87% dos atendimentos. Mas, também é possível procurar ajuda nos CAPs, Centros de Atenção Psicossocial.