O Brasil está abaixo da meta de vacinação contra o HPV estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É o que mostra um estudo realizado pela Fundação do Câncer.
Esse levantamento tem como base os registros de vacinação do PNI de meninas entre nove e 14 anos, no período de 2013 a 2021; e de meninos de 11 a 14 anos, entre 2017 e 2021.
O estudo observou que, em todo o Brasil, a cobertura vacinal contra o HPV cai entre a primeira e a segunda dose.
No caso das meninas, a primeira dose alcança 76%; e a segunda vai para 57%. Já na população masculina, a adesão à vacinação contra o HPV é inferior à feminina. A cobertura vacinal entre meninos é de 52% na primeira dose; e 36% na segunda. Índice muito abaixo do recomendado, que é de 90%.
A vacina contra o HPV, o Papilomavírus humano, previne contra vários tipos de câncer. Entre eles, no caso das meninas, no colo do útero; e evita o câncer de pênis, nos meninos. Mas esse vírus também está relacionado, por exemplo, ao câncer de boca e ao de garganta.
A vacina está disponível, de graça, no SUS, para meninos e meninas de nove a 14 anos, em esquema de duas doses; e para mulheres e homens transplantados, pacientes oncológicos, portadores de HIV, de nove a 45 anos, em esquema de três doses.