O Brasil e a China vão ganhar um centro de cooperação na área de ciência e tecnologia da saúde com foco em prevenção e controle de pandemias e epidemias. O acordo para criação do Centro Sino-Brasileiro de Pesquisa e Prevenção de Doenças Infecciosas foi assinado pela Fiocruz e o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências, em Pequim, na noite desta terça-feira (11), no horário brasileiro, e manhã de quarta-feira (12), na China.
O acordo entre os dois país já vinha se desenvolvendo desde antes da pandemia, mas sofreu atrasos devido à emergência sanitária da covid-19 e também por questões políticas.
O centro terá uma sede em Pequim e outra no Campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro, que vai funcionar com pesquisadores das duas nacionalidades.
Além de ampliar a cooperação técnica em saúde entre os dois países, segundo o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, a parceria também vai desenvolver produtos de saúde global, como testes de diagnósticos rápidos, terapias, vacinas e fármacos.
Mário Moreira disse que o primeiro passo para institucionalização do centro será a realização de um Seminário que deve ocorrer no último trimestre deste ano ou no primeiro do ano que vem.
Entre as doenças infecciosas que devem ser estudadas estão a covid-19, que atinge os dois países e também outras, como a febre amarela, mais comum no Brasil, além de influenza, chikungunya, zika, dengue, oropouche e tuberculose.