Esta quinta-feira, 18 de maio, é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A data resgata o início do Movimento da Reforma Psiquiátrica, no final da década de 70, que culminou com a lei que prevê o fechamento gradual de manicômios e hospícios.
Um deles é o Instituto Nise da Silveira, no Rio de Janeiro, que encerrou as internações em 2021, após 110 anos de funcionamento, mas manteve as portas abertas para atividades ligadas à cultura, arte, esporte e lazer.
As atividades culturais funcionam como um dos mais importantes recursos para os que precisam de ajuda, como explica Abel Luiz, coordenador musical do Loucura Suburbana, bloco carnavalesco do Instituto.
Abel também ressalta que o Bloco Loucura Suburbana é relevante no combate aos estigmas relacionados à saúde mental.
Luciana Medeiros, coordenadora do Núcleo de Desinstitucionalização da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, explica que o modelo atual de tratamento está baseado principalmente em residências terapêuticas.
Nos últimos 28 anos, somente na cidade do Rio de Janeiro mais de quatro mil pessoas que estavam em manicômios tiveram a cidadania resgatada, voltando a viver com suas famílias ou em uma das 97 residências terapêuticas mantidas pela prefeitura.
Ao longo do mês de maio, são realizadas uma série de atividades em torno do tema que terminam, dia 29 e 30, com a realização do IV Simpósio de Desinstitucionalização do Instituto Juliano Moreira.