População quer punição para crimes associados às mortes por covid

É o que aponta levantamento do Centro de Estudos Sou Ciência

Publicado em 09/09/2023 - 07:15 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - São Luís

Um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Sou Ciência da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, mostra que 51,5% da população quer que os crimes associados as mais de 700 mil mortes pelo novo coronavírus no Brasil sejam julgados e condenados.

O levantamento aponta que, para 62% dos entrevistados, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde foram os principais responsáveis pelas mortes. Para os pesquisadores, se a conduta tivesse sido outra, haveria menos mortes.  

O estudo perguntou qual seria a forma para a reparação dos crimes. As três providências sugeridas que tiveram maior adesão foram: criar uma Comissão da Verdade; indenizar as vítimas, crianças que perderam pai e/ou mãe e criar um Tribunal Especial para acelerar os julgamentos.

A maioria dos entrevistados disse ainda que, para prevenir ou reduzir a mortalidade de uma possível epidemia ou pandemia futura, a melhor opção é o aumento de investimentos no Sistema Único de Saúde, o SUS.

A pesquisa apurou que, em relação à preferência eleitoral, os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram 58 milhões de doses a menos de vacinas contra a covid-19 do que os do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Renda, escolaridade e religião também se mostraram fatores importantes para a adesão às vacinas: 63% dos que recebem até um salário-mínimo afirmaram que aderiram às campanhas, índice que sobe para 84% entre os que ganham de três a cinco salários-mínimos e para 77% entre os que ganham mais de cinco salários-mínimos. Dos entrevistados que concluíram até o ensino fundamental, a adesão à vacina é de 57% e entre os com o ensino superior, de 81%.

A Pesquisa de Opinião Covid-19, Vacina e Justiça, foi realizada em parceria com o Instituto Ideia, e ouviu 1.295 pessoas, via celular, de todas as regiões do país, com idade igual ou superior a 18 anos. As entrevistas foram feitas entre os dias 5 e 10 de julho.
 

Edição: Sheily Noleto/ Renata Batista

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