Com um aumento de 106% nos casos de dengue no ano passado, a Secretária de Saúde do Acre estabeleceu um plano de ação para o combate à doença e quer prioridade para a vacinação, que tem previsão de iniciar em março. O estado está em situação de emergência, por três meses, devido ao aumento de números de casos e da superlotação das unidades de saúde.
Só as unidades de pronto atendimento estaduais têm recebido mais de 600 pacientes, a cada dia.
Segundo o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, o período em que os casos de dengue mais crescem é entre outubro e abril. No ano passado, mais de 2,6 mil casos de dengue, zika e chikungunya foram confirmados. Vinte e nove deles, considerados graves, mas felizmente não houve mortes.
O secretário também pediu para que pacientes com casos menos graves sejam atendidos em postos de saúde e unidades da rede municipal, para evitar superlotação.
A vacina contra a dengue vai servir para os quatro tipos da doença e tem uma efetividade geral de mais de 80%. A indicação é para a quem tem de 4 a 60 anos, com duas doses aplicadas em um intervalo de três meses.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante contra a dengue no sistema público. A vacina não será utilizada em larga escala, a princípio, já que o laboratório fabricante tem capacidade limitada de fornecimento. A vacinação nacional será focada em regiões prioritárias. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina tem uma taxa de redução de hospitalizações em 90%. Desde 2016, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul acompanha testes com a vacina da dengue para avaliar a eficácia do imunizante.





