O câncer de testículo matou quase quatro mil jovens brasileiros entre 2012 e 2021, apesar de ser uma doença curável se detectada rapidamente.
A Sociedade Brasileira de Urologia realiza uma campanha de alerta sobre a doença neste mês: é o Abril Lilás.
O Instituto Nacional de Câncer aponta que o câncer de testículo corresponde a 1% dos tumores masculinos no mundo. Apesar de raro, ele preocupa porque afeta mais homens em idade produtiva, como explica o diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia no Distrito Federal, Fransber Rodrigues.
"É um câncer que acomete primordialmente pessoas entre 20 e 35 anos, na maior parte das vezes, e são tumores em que o diagnóstico precoce faz toda a diferença nas chances de cura".
E a maneira de fazer o diagnóstico precoce é o autoexame. Assim, é possível perceber um aumento repentino do testículo ou o surgimento de um nódulo rígido maior que o normal.
O costume de tocar os testículos para saber se está tudo certo tem que começar desde cedo, diz o urologista.
"Uma das orientações que se deem aos adolescente é que ele faça o autoexame, de preferência durante o banho, em frente ao espelho, de pé, e faça a palpação. Se ele fizer isso de tempo, ele vai conhecer os seus testículos, saber a anatomia, saber como eles são. E se surgir alguma alteração, ele consegue perceber de uma forma muito precoce".
Com o diagnóstico precoce, cerca de 90% dos casos podem ser curados, garante Fransber Rodrigues.
O tratamento é cirúrgico com a retirada do testículo doente. Em alguns casos, o paciente pode precisar de quimioterapia, e aí é recomendado que o homem guarde sêmen. Se o tratamento for apenas cirúrgico e o outro testículo estiver funcionando normalmente, o homem segue com vida normal.