A partir de agora, quem desejar ser um doador de órgãos poderá manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos mais de 8,3 mil Cartórios de Notas do Brasil. Na tarde desta terça-feira (2), a campanha “Um Só Coração: seja vida na vida de alguém” será lançada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso.
A iniciativa também marca a regulamentação do CNJ ao sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, desenvolvido pela Corregedoria Nacional de Justiça, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil e a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
O novo sistema funciona assim: o interessado em doar órgãos, preenche um formulário diretamente no sistema. Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a manifestação de vontade. No final, um documento é assinado digitalmente, deixando a autorização disponível para consulta pelo Sistema Nacional de Transplantes.
A AEDO, sigla para "Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos", estará disponível de graça pelo site: aedo.org.br
Além do novo sistema, existem formas de se declarar um doador de órgãos. Dizer aos familiares é sempre a mais importante, porque a lei brasileira exige o consentimento da família para a retirada de órgãos e tecidos para transplante.