Apenas cinco estados não registraram casos de febre Oropouche em 2024
![Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC Brasília (DF), 23.07.2024 - Mosquito maruim (Culicoides paraensis), que transmite o vírus Oropouche (OROV). Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Apenas cinco estados brasileiros ainda não registraram casos de febre Oropouche este ano, de acordo com o Ministério da Saúde. São eles: Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Desde janeiro, os números oficiais apontam mais de 7,6 mil notificações da doença.
A maior parte dos infectados é do sexo masculino e está na faixa etária de 20 a 29 anos. O Amazonas tem o maior número de doentes, seguido de Rondônia e Bahia.
Ainda de acordo com o Ministério, não há registro de mortes este ano. Os últimos óbitos pela doença foram em julho do ano passado: duas mulheres, que apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao quadro de dengue grave.
No início da semana, o Ministério da Saúde ainda investigava pelo menos oito casos de transmissão vertical de febre Oropouche, que ocorre quando é passada da mãe para o bebê, durante a gestação ou parto. Os registros foram em Pernambuco, na Bahia e no Acre e metade das crianças nasceu com anomalias congênitas como microcefalia. Os outros morreram.
Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazônia e responsável pelo protocolo usado para diagnosticar a Oropouche, explica que a transmissão vertical é uma situação nova, que nunca havia sido descrita na literatura médica.
“Chama a atenção, mas aparentemente a situação é rara, então não é motivo de desespero, mas é um motivo de alerta para as autoridades de saúde e também para as gestantes que tiverem em áreas onde tem casos confirmados”.
Ele também destaca os sintomas da doença.
“A febre Oropouche ela é muito parecida com a dengue, em termos de febre, dor de cabeça, mal estar generalizado, mialgia, que é dor muscular, dor nas articulações, também podem ocorrer. Então, qualquer desses sintomas a gente já recomenda a procura do serviço médico que vai saber orientar nos primeiros dias de sintomas”.
Naveca explica ainda como funciona o teste para detectar a doença.
“O teste que está sendo utilizado hoje no país todo é um teste baseado em PCR em tempo real, que é a mesma tecnologia padrão-ouro para covid por exemplo, também para a própria dengue. E esse é o teste que nós desenvolvemos na Fiocruz Amazonas e hoje ele está distribuído para todos os estados brasileiros, inclusive para fora do país”.
A febre Oropouche é transmitida por um mosquito, conhecido como “pólvora”. Devido a predileção dele por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas que protejam e sapatos fechados em locais com muitos insetos.
* Com informações da Agência Brasil
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