Mais de 30 pessoas são internadas, por dia no Brasil, por tentativa de suicídio. Os dados são de um levantamento da Abramede, Associação Brasileira de Medicina de Emergência.
De acordo com a pesquisa, só no ano passado, o SUS registrou um aumento de mais de 25% de casos, na comparação com 2014.
Para a Associação, o aumento reforça a importância de capacitar profissionais da saúde para atender e acolher de forma adequada esses pacientes em situação de grande fragilidade emocional.
Um outro levantamento, da Organização Mundial da Saúde, mostra que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à compreensão e ao apoio.
No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao preconceito é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema “Se Precisar, Peça Ajuda”. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, O Brasil tem cerca de 14 mil registros de suicídio todos os anos. Isso significa que 38 pessoas tiram a própria vida, por dia, em média.
O psicólogo e mestre em trauma e urgências subjetivas, Héder Bello, destaca que os transtornos mentais não são o único fator de vulnerabilidade...
“Existem outros fatores, como ser uma pessoa LGBT, como estar em alguma precariedade financeira, econômica, social. Estar numa situação como refugiado político, estar passado por algum tipo de ameaça ou abuso, ou algum tipo de violência doméstica. Esses fatores, e outros fatores de vulnerabilidade, contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio”.
E ele faz um alerta...
“Outra coisa que nós percebemos e que pesquisas baseadas em evidências nos dizem é que, além da ideações suicidas, as tentativas de suicídio estão muito ligadas a ter ao alcance meios para que esses processos aconteçam. Então, é muito importante campanhas como o desarmamento da população seja feitas pra evitar também tentativas de suicídio”.
O CVV, Centro de Valorização da Vida é uma das entidades que auxiliam na prevenção do suicídio. Por isso, se você precisa de ajuda, de alguém para te ouvir, sem julgamentos, ligue para o CVV, telefone 188. Você também pode procurar ajuda nas Clínica da Família, Unidades Básicas de Saúde e nos Centros de Atenção Psicossocial. Em casos de emergência, procure uma unidade de pronto atendimento ou chame o SAMU, pelo número 192.