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Saúde

Hospital de Belo Horizonte confirma 3 casos de infecção por superfungo

Pacientes foram contaminados pelo fungo Candida auris
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Leandro Siqueira, repórter da Rádio Inconfidência
16/10/2024 - 10:30
Belo Horizonte
Cultivo do superfungo Candida auris feito pelo CDC dos Estados Unidos.
© CDC/Dr. Leanor Hailey/Direitos reservados

Três casos de infecção por um superfungo foram confirmados no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que gerencia a unidade, os casos de infecção pelo fungo Candida auris foram confirmados após exames pelo laboratório central de saúde pública da Fundação Ezequiel Dias.

Ainda de acordo com a Fhemig, um paciente teve alta em setembro e outro em 4 de outubro. O terceiro paciente segue internado no hospital. Outros 22 pacientes com casos suspeitos de infecção pelo superfungo estão sendo monitorados na unidade e aguardam o resultado de exames. A Fhemig informou que em todos os casos os pacientes estão sem sintomas.

O fungo Candida auris é considerado de alta transmissão e capacidade de colonizar a pele do paciente e o ambiente em torno dele. A Fhemig afirmou que o hospital vem seguindo os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, tomou todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade, como higienização das mãos, uso de luvas e avental nos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.

Conforme o Ministério da Saúde, o Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009 no Japão e tem causado preocupação no Mundo por causa da sua alta capacidade de disseminação, forte resistência aos medicamentos antifúngicos mais usados e pela dificuldade de identificação. No Brasil, os primeiros casos confirmados foram em 2021.

A maioria dos registros são de pessoas internadas em unidades hospitalares em longo períodos, com baixa imunidade e que contraem o fungo por meio de dispositivos invasivos, como os cateteres e utensílios ou objetos contaminados. Os pacientes não apresentam sintomas aparentes, mas o risco é maior caso o fungo atinja a corrente sanguínea, ocasionando a infecção.

A principal forma de prevenção é a higienização correta das mães com água e sabão, uso de luvas e aventais e medidas de limpeza dos ambientes hospitalares e esterilização de dispositivos e utensílios médicos.
 

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