Viva Maria alerta para riscos da raiva após mordida de sagui
Viva Maria fala sobre o caso de uma mulher pernambucana que perdeu a vida após ser mordida por um sagui. A vítima contraiu raiva, agravada por não ter seguido o protocolo médico recomendado em situações como essa.
Para falar sobre o tema, Viva Maria contou com a participação de Vânia Plaza Nunes, veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. A especialista explicou que casos de mordidas ou arranhaduras de animais, sejam domésticos ou silvestres, exigem atendimento médico imediato.
Segundo Vânia Nunes, a mulher buscou atendimento dias após o ataque, mas não concluiu o esquema de vacinação necessário. A raiva, transmitida pela saliva de animais infectados, pode migrar rapidamente para o sistema nervoso central, especialmente em mordidas em regiões como a cabeça, mãos ou pés, que possuem maior concentração de terminações nervosas.
“A eliminação do vírus acontece pela saliva, e mordidas em áreas sensíveis podem causar infecção mais rápida. Infelizmente, nesse caso, o tratamento não foi realizado adequadamente”, explicou a especialista.
Vânia ressaltou que animais silvestres não devem ser tratados como domésticos. “Muitas vezes, acidentes ocorrem porque as pessoas tentam interagir, dar comida ou até capturar esses animais. Precisamos manter o respeito e a distância, sem interferir no habitat deles”, alertou.
Ela reforçou que, em qualquer situação de contato com animais desconhecidos — seja por mordida, arranhadura ou lesão —, o procedimento correto é procurar um serviço de saúde imediatamente. "O médico irá orientar sobre a vacinação e, se necessário, a aplicação de soro antirrábico. Hoje, os protocolos são seguros e bem mais simples do que no passado.”, afirma.