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Saúde

SUS vai substituir exame papanicolau por DNA-HPV

Exames servem para detectar precocemente o câncer de colo do útero
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Cristiane Ribeiro - repórter da Rádio Nacional
27/03/2025 - 11:38
Rio de Janeiro
Saúde cria serviço de referência para tratar câncer de colo de útero e de mama
© Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

O conhecido exame papanicolau, feito para detecção do papilomavírus humano, vai ser substituído pelo teste molecular de DNA-HPV, considerado mais eficaz para a descoberta precoce do câncer de colo de útero.

A mudança faz parte das novas diretrizes para o diagnóstico da doença e começa a ser implantada ainda neste ano pelo SUS, o Sistema Único de Saúde, em parceria com as prefeituras, nas unidades básicas de saúde.

O teste molecular é recomendado pela Organização Mundial da Saúde, desde 2021, como exame primário para diagnóstico do HPV.

Com este novo exame, o intervalo entre as coletas passa a ser de cinco anos, diante da maior confiabilidade. Hoje, o papanicolau é realizado de seis meses a um ano para confirmar a efetividade do rastreamento.

Já a faixa-etária do público alvo recomendada, permanece a mesma: de 25 a 49 anos.

O pesquisador da Divisão de Detecção Precoce do Instituto Nacional do Câncer, Itamar Bento, diz que o investimento para a implantação do novo teste é volumoso, mas que o impacto vai ser menor no orçamento tanto da União quanto das prefeituras, porque evitará gastos no futuro com internações e tratamento do câncer de colo do útero.

A gente espera que todo esse investimento, que está acontecendo agora no país, deixam de ter essas enfermarias lotadas de pessoas que chegam com o câncer avançado por toda a falha do rastreamento, por toda a falha da detecção precoce, por toda a falha da prevenção. Então a gente trabalha para mudar essa realidade.  

O papilomavírus humano, ou HPV, é o causador de mais de 99% dos casos de câncer de colo do útero, que é o terceiro mais incidente entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos por ano.

Com altas coberturas de vacinação e de exames de rastreio, especialistas acreditam que a doença pode ser erradicada em cerca de 20 anos.

*Com informações da Agência Brasil.

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