VideBula: 23 de abril é o Dia Nacional da Insuficiência Adrenal

O terceiro episódio do VideBula fala sobre o 23 de abril, que celebra o Dia Nacional da Insuficiência Adrenal, uma condição que ocorre devido a problemas diferentes, mas que provocam os mesmos sintomas.
Uma das condições é a doença de Addison, que ocorre devido a um defeito nas glândulas adrenais, duas pequenas glândulas que ficam em cima dos rins, com cerca de 5 centímetros. Já a insuficiência adrenal secundária é um problema de funcionamento do cérebro, que acontece quando a hipófise não consegue mandar a mensagem para as glândulas adrenais trabalharem. Apesar de serem problemas diferentes, o protocolo de tratamento é o mesmo.
E como tudo que a gente não enxerga é difícil de explicar, ter um dia especial pra falar do assunto ajuda demais. Assim, Adriana Santiago, vice-presidente da Associação Brasileira Addisoniana (ABA), destaca a importância do Dia Nacional da Insuficiência Adrenal:
"A importância desse dia é trazer conscientização a uma doença que tem uma deficiência invisível e que as pessoas não conseguem ver. E não tem muito diagnóstico, né? Até porque tem um desconhecimento médico muito grande. Então sempre é importante a gente ter um dia para ser lembrado, para brigar por políticas públicas."
Entre os sintomas da insuficiência adrenal estão fraqueza, fadiga, perda de peso, náuseas, vómitos, diarreia, intolerância ao frio, tonturas, desmaios e hipoglicemia. Na doença de Addison, outros dois sinais são muito característicos: a mudança da cor da pele, a pessoa fica mais bronzeada, e o desejo de comer sal.
Se desconfiar que tem insuficiência adrenal, procure um endocrinologista e peça para ele solicitar exames simples de sangue, como sódio, potássio, cortisol e ACTH.
O VideBula vai ao ar todas as terças-feiras, no site da Radioagência Nacional e nas principais plataformas de áudio.
Quer saber mais, tirar dúvidas ou sugerir temas os próximos episódios? Entre em contato pelo email videbula@ebc.com.br ou deixe seu comentário no canal do VideBula no Spotify.
Você pode conferir, no menu abaixo, a transcrição do episódio, a tradução em Libras e ouvir o podcast no Spotify, além de checar toda a equipe que fez esse conteúdo chegar até você.
VideBula - Episódio 03: Insuficiência Adrenal e o Dia 23 de Abril
🎵 ABERTURA: Sobe Som 🎵
Pati: Oi, pessoal! Eu sou a Patrícia Serrão.
Raíssa: E eu sou a Raíssa Saraiva.
Pati: E esse é o VideBula, seu podcast sobre saúde, bem-estar e, claro, aquele guia útil para você saber como acessar serviços e direitos essenciais.
Raíssa: No episódio de hoje, vamos falar sobre um tema muito importante: insuficiência adrenal.
Pati: E para nos ajudar a entender melhor essa condição, convidamos a Adriana Santiago, vice-presidente da Associação Brasileira Addisoniana (ABA), que vai nos contar sobre os desafios enfrentados por quem tem insuficiência adrenal e a importância do dia 23 de abril, que marca a conscientização sobre essa doença.
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Pati: Adriana, seja bem-vinda ao VideBula! Primeiro, conta pra gente: o que é a insuficiência adrenal e a doença de Addison?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: O Addison, é, o defeito, são nas glândulas adrenais, que são duas glandulazinhas que ficam em cima dos rins, pequenininhas, 5 cm faz esse estrago todo. E a insuficiência adrenal secundária é no cérebro. Ou seja, a hipófise não consegue mandar a mensagem para as glândulas adrenais trabalharem. Mas os dois precisam dos mesmos remédios, o protocolo da doença é o mesmo. A diferença é o local.
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Raíssa: E como tudo que a gente não enxerga é difícil de explicar, ter um dia especial pra falar do assunto ajuda demais. O que significa o 23 de abril como o Dia da Insuficiência Adrenal?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: A importância do dia da insuficiência adrenal é trazer conscientização a uma doença que tem uma deficiência invisível e que as pessoas não conseguem ver. E não tem muito diagnóstico, né? Até porque tem um desconhecimento médico muito grande. Então sempre é importante a gente ter um dia para ser lembrado, para brigar por políticas públicas, né?
Então isso tudo, esse dia ele traz uma luz a toda a comunidade da insuficiência adrenal.
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Pati: E quais são os sintomas da insuficiência adrenal? Como a pessoa pode desconfiar que tem a doença?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: São sintomas muito simples. Por isso que é tão difícil, é, desconfiar da insuficiência adrenal. Então, se você tem fraqueza, tem um cansaço muito grande, uma fadiga, né? Perda de peso, né? A pessoa parece que tem até anorexia, perde muito, muito peso mesmo. Náuseas, vómitos, diarreia, fica mais intolerante ao frio, tonturas, alguns tem desmaios, né? Hipoglicemia. E na insuficiência adrenal primária, que é conhecida como doença de Addison, tem dois sinais que são muito característicos. Um é a mudança da cor da pele, a pessoa fica mais bronzeada.
E o desejo do sal, a pessoa começa, pega sal, pedra de sal grosso, pega um saleiro e come bastante sal, porque eles são perdedores de sal. Então é o pulo do gato para descobrir a insuficiência adrenal primária, que é o Addison, é o desejo do sal e a mudança da cor da pele, além desses outros sintomas
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Raíssa: E se alguém suspeitar que tem Addison, o que deve fazer?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: Tá desconfiando de Addison: tem que procurar um médico endocrinologista e aí você, é, vai fazer uns exames que são exames simples, que são sódio, exame de sangue. sódio, potássio, cortisol e ACTH. Com esses exames, já dá para ter pelo menos um caminho para saber se realmente é o Addison ou é insuficiência adrenal secundária.
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Pati: E Adriana, a pessoa com insuficiência adrenal sofre crises, né? Como vai ser a vida dessa pessoa quando a doença estiver, digamos assim, atacando?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: O que é que é a crise adrenal? Nós vamos explicar de uma forma bem simples. Você tem uma dor de garganta. Com essa dor de garganta, as suas glândulas adrenais, elas vão dobrar, triplicar a quantidade de cortisol e você vai passar por aquela dor de garganta. Quem tem insuficiência adrenal, não fabrica cortisol suficiente. Então, o que é que vai fazer? Vamos tomar a medicação dobrada, né? Qual é a medicação que geralmente toma? Quem tem Addison? É predinisona, prednisolona ou hidrocortisona. Então vai dobrar a medicação para poder passar por aquele estresse. Então qualquer estresse físico, às vezes até psicológico também, tem que ser dobrado. Só que às vezes você consegue passar por aquela crise e se estabilizar tomando a medicação. Mas você lembra que eu falei nos sintomas que um dos sintomas são os vômitos? E aí não adianta você tomar a medicação, porque vai vomitar. E aí quem tem Addison, são perdedores de sal. Então eles perdem sódio e potássio muito rápido e aí é o perigo de entrar em choque hipovolêmico, ou seja, vir ter um coma e vir a óbito, né? Morrer. Então é muito sério a crise adrenal. A pessoa tem que ir imediatamente para o hospital, aí vai levar o cartão de identificação e no cartão de identificação vai tá ali o protocolo que tem que ser feito, que é tomar o soro e botar a hidrocortisona. Aí a pessoa vai ficar bem e vai se estabilizar. Temos o kit emergência também. O kit emergência é a hidrocortisona injetável, para ter a possibilidade da pessoa chegar até um hospital também, para ter menos risco de óbito. Então assim, é muito importante, você que tá nos escutando, que tem o Addison, já fala com o seu médico da questão do kit de emergência, ele tem que autorizar, porque isso salva vidas.
🎵 SOM DE TRANSIÇÃO
Raíssa: A crise adrenal pode acontecer a qualquer momento? Tem uma idade mais comum para os sintomas aparecerem?
🎵 SOM AMBIENTE
Adriana: No Addison geralmente dá com 30, 40 anos, tá? Então, ou seja, qualquer pessoa que tá nos ouvindo hoje, pode se tornar uma pessoa rara a qualquer momento, né? Mas também temos crianças. São casos mais raros, mas existem, né? Como é o caso da minha filha, foi descoberto quando criança. A gente, a crise adrenal, ela pode dar em qualquer momento, tá? É, tanto na insuficiência adrenal primária que é o Addison, quanto na secundária, quanto na terciária, e quanto na hiperplasia adrenal congênita também.
Precisa do diagnóstico imediato, porque há risco de vida, né? Como eu te falei, é um estresse no seu organismo, então você vai tendo um conjunto desses sintomas e principalmente quando você tem a diarreia e o vômito, você vai perdendo eletrólitos, né? Então vai perdendo lá o sódio, potássio e aí você pode entrar num nível de desidratação, desidrata muito mais rápido que qualquer outra pessoa, e aí pode vir a morte. Então assim, tem que correr com o diagnóstico, não pode brincar com isso, leve sua saúde a sério.
🎵 [SOM DE TRANSIÇÃO – batida otimista]
Pati: Então, a mensagem é clara: não pode ignorar os sintomas e precisa buscar um diagnóstico o quanto antes!
Raíssa: Exatamente! Adriana, muito obrigada pela sua participação!
Pati: Quem quiser mais informações sobre a insuficiência adrenal pode seguir a Associação Brasileira Addisoniana (ABA), da qual a Adriana Santiago é vice-presidente, no Instagram e Facebook, em @abaddisonbrasil.
Raíssa: Vale também a pena conferir o site da associação, em www.abaddison.org.br. Lembrando que Abaddison se escreve A-B-A-dois Ds-I-S-O e N.
Pati: E se você que está ouvindo tem dúvidas ou sugestões, manda um e-mail para videbula@ebc.com.br! A gente adora ouvir vocês!
Raíssa: O VideBula é uma produção original da Radioagência Nacional, um serviço público de mídia da EBC, a Empresa Brasil de Comunicação. O podcast é idealizado e apresentado por mim, Raíssa Saraiva, e por Patrícia Serrão. A edição é de Bia Arcoverde.
Pati: Na operação em Brasília Thiago Coelho, e no áudio e sonoplastia no Rio, Toni Godoy.
Pati: Você pode ouvir outros podcasts e séries da Radioagência Nacional no nosso site, nos tocadores de áudio e com interpretação em Libras no Youtube.
Raissa: E se você gostou, mande para os amigos, publique nas suas redes e ajude para que a informação chegue a mais pessoas. E dá umas estrelinhas no seu tocador de áudio.
Pati: Para mais informações, VideBula! Até o próximo episódio!
🎵 SOM DE ENCERRAMENTO
Roteiro, entrevistas e apresentação |
Patrícia Serrão e Raissa Saraiva |
Coordenação de processos e supervisão | Beatriz Arcoverde |
Identidade visual e design: |
Caroline Ramos |
Interpretação em Libras: | Equipe EBC |
Implementação na Web: |
Lincoln Araújo e Beatriz Arcoverde |





