Após a morte de um adolescente de 15 anos na cidade de Diadema, na grande São Paulo, a população local saiu em protesto na madrugada desta terça-feira. Sete ônibus foram incendiados e três depredados.
A tropa de choque e a força tática foram acionadas para reprimir os manifestantes. O Corpo de Bombeiros também informou que duas viaturas foram ao local para apagar os focos de incêndio.
De acordo com relatos de amigos e familiares, o adolescente desapareceu na madrugada do último sábado. A família só o encontrou nessa segunda, já morto, dentro do IML, com sinais de tortura e tiros na cabeça e nas mãos.
A família do garoto achou um pedaço de crachá de um Policial Militar no último local onde o adolescente foi visto, em frente à casa da avó. O local foi o ponto de partida do protesto de moradores e amigos nesta terça-feira.
De acordo com a Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, após a manifestação, várias denúncias e relatos de ações truculentas da Polícia Militar foram reportados na região. Em dois vídeos divulgados, é possível ver policiais agredindo fisicamente pessoas que andavam na rua.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando a morte do jovem, junto com a Corregedoria da Polícia Militar.
Sobre os protestos ocorridos na madrugada, a SSP informou que um adolescente foi apreendido por incêndio e dano qualificado, e conduzido ao 26º Distrito Policial. Em relação às ações truculentas da Polícia Militar, a pasta afirmou que a PM está analisando as imagens citadas para identificar os policiais envolvidos e adotar as sanções cabíveis.