Metrô de São Paulo exibe imagens de pessoas desaparecidas
O metrô de São Paulo vai passar a exibir, nos monitores informativos, vídeos com imagens de pessoas desaparecidas na cidade. Os alertas destacam fotos, nomes e o telefone do serviço municipal de localização.
A iniciativa já está sendo colocada em prática desde segunda-feira, e é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania com o Metrô, ligado ao governo do Estado, para tentar aumentar o número de localizações de pessoas na cidade de São Paulo.
Os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram a gravidade do problema. Em 2019, a cada dia, 219 pessoas desapareceram no Brasil. Em um ano, mais de 79 mil pessoas que deixaram suas casas e nunca mais foram vistas. O número é 65% maior que o de assassinatos.
Em 2020, o serviço municipal localizou 579 pessoas.
A iniciativa foi elogiada pela coordenadora do Programa de Pessoas Desaparecidas e suas Famílias da Cruz Vermelha, Larissa Leite.
A medida também foi bem recebida por movimentos como o Mães em Luta e o Mães da Sé, que reúnem mulheres com filhos ou outros familiares desaparecidos. Mas uma das fundadoras do movimento, que há 28 anos procura a filha desaparecida quando tinha apenas 13, Vera Lúcia Ranu, lembra que iniciativas como essa precisam ser contínuas.
O convênio firmado entre a prefeitura de São Paulo e o metrô vai durar 6 meses. Nos primeiros dias, os monitores do serviço público de transporte vão exibir um vídeo de apresentação sobre o tema e, na sequência, aparecem os alertas com as fotos das pessoas desaparecidas e orientações para como entrar em contato.
Um telefone celular vai ficar disponível para quem tiver informações sobre os desaparecidos. O número é (11) 97549-9770.