Os cinco presos pela Operação Sangria, da Polícia Federal, em fase deflagrada nessa quarta-feira, no Amazonas, foram transferidos para o sistema prisional do estado nesta quinta-feira. Quatro empresários alvos da operação e o secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, foram presos em caráter temporário e estavam na superintendência da Polícia Federal em Manaus. Um sexto preso está detido em Porto Alegre. 
Todos são investigados por suspeita de superfaturamento e contratação de serviços não prestados na construção de um hospital de campanha para atender os pacientes com covid-19. O próprio governador Wilson Lima, é investigado pela operação. Os policiais também cumpriram, nessa quarta-feira, mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador.
Ao todo, foram 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária já cumpridos. Além da quebra de sigilo bancário e fiscal de 27 pessoas e empresas e o sequestro de bens e valores de investigados que somam mais de 22 milhões de reais.
O governo do Amazonas nega qualquer irregularidade. Em nota, afirma ser “de total interesse do estado que os fatos relacionados às investigações em curso sejam esclarecidos” e que os investimentos feitos pelo estado foram acompanhados de perto pelos órgãos de controle, com os gastos detalhados no Portal da Transparência". A reportagem não conseguiu contato do advogado do secretário de saúde preso.
