Um grupo empresarial que estaria usando documentos falsos para o comércio, aquisição, posse e porte ilegal de armas de fogo foi alvo de uma ação da Polícia Federal, nesta sexta-feira (21). De acordo com as investigações, os criminosos teriam apresentado documentação falsa para a própria PF e o Exército Brasileiro, para obtenção de licenças para as armas.
Pela manhã, foram cumpridos quatro mandados de prisão, 37 de busca e apreensão, e 11 suspensões de atividades econômicas; além do sequestro de bens, em valor não divulgado. Fuzis, pistolas, munição e coletes à prova de bala foram apreendidos.
A ação aconteceu em três estados: Pernambuco, Alagoas e São Paulo. E contou com a cooperação da Receita Federal.
A investigação começou com a denúncia de que um clube de tiro e uma loja de armas, em Pernambuco, estariam oferecendo cursos, prestando serviços de manutenção de armas sem licença legal e com documentos em nome de terceiros.
A Polícia identificou que o grupo produzia entrevistas e vídeos para promover a venda ilegal de armas de fogo e incitar a prática de crimes.
Na ação desta sexta-feira, a Polícia Federal busca identificar outros envolvidos. Os suspeitos tinham declarações de que seriam CAC, ou seja, caçadores, colecionadores ou atiradores.
Entre outros crimes, os investigados também podem responder por organização criminosa, porte e comércio ilegal de arma de fogo. As penas somadas chegam a 30 anos de reclusão e multa.