O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste domingo que o caso da bomba armada perto do aeroporto de Brasília mostra que os acampamentos antidemocráticos em frente aos quartéis viraram “incubadoras de terroristas”. Ele disse que as investigações continuam e que não haverá pacto político nem anistia para terroristas, apoiadores e financiadores.
A Polícia Civil prendeu no sábado o homem acusado de plantar uma bomba em um caminhão perto do aeroporto de Brasília. Ele é um empresário de 54 anos. Veio do Pará para participar do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, disse que o homem confessou o crime, que tinha motivação ideológica. Segundo ele, o material tinha potencial para causar um caos no aeroporto. A perícia indicou que houve uma tentativa de acionar o explosivo.
O homem estava hospedado num apartamento alugado no setor Sudoeste, o que pode indicar a participação de outras pessoas. No local, a polícia encontrou fuzis, revólveres e pistolas, além de munições. Ainda havia outras emulsões explosivas, iguais ao artefato que foi destruído pelo esquadrão antibomba da Polícia Militar pela manhã.
As armas foram trazidas pelo homem de carro e as emulsões enviadas posteriormente.
O homem vai ser autuado por porte e posse ilegal de arma de fogo e crime contra o estado democrático de Direito.