46% das fiscalizações da PRF no 2º turno eleitoral foram no Nordeste
Os números apresentados, nesta quinta-feira (20), pelo Ministério da Justiça mostram que 46% de todas as fiscalizações em ônibus da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ocorridas no dia do 2º turno das eleições, foram no Nordeste.
Em número absolutos, no dia 30 de outubro, 324 ônibus foram parados no Nordeste.
A segunda região com mais fiscalizações foi o Centro-Oeste, com 152 ônibus; seguidos do Sudeste, com apenas 79; e do Norte, com 76. O Sul foi onde ocorreu menos operações, com 65 ônibus parados.
O número de agentes da PRF mobilizados para operação no 2º turno foi maior, inclusive, do que a operação para as Festas Juninas, onde se concentra o maior esforço da polícia na região.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que houve três anomalias detectadas que desviam do padrão das operações da PRF.
Em toda operação da PRF, durante as eleições, foram gastos cerca de R$ 7 milhões. As informações foram organizadas pela polícia após a Controladoria Geral da União (CGU) solicitar que elas fossem disponibilizadas pela Lei de Acesso à Informação.
O Ministério da Justiça encaminhou essas informações para a CGU e para a Polícia Federal para apuração dos fatos.
O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que essa investigação se soma a outras já iniciadas, como a concessão do crédito consignado pela Caixa, durante período eleitoral, e o uso do cartão corporativo pelo ex-presidente Bolsonaro. Para o ministro, ações do governo anterior comprometeram o processo eleitoral resultando nos ataques de 8 de janeiro ao Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional.
A CGU já está investigando o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que inclusive está preso pelo inquérito dos atos antidemocráticos, e o ex-diretor geral da PRF no governo Bolsonaro, Silvinei Vasques.
Já a Corregedoria da PRF apura responsabilidades de outros agentes nessas operações.