Assassinato de cinegrafista no RJ foi político, diz Ministério Público

Publicado em 12/04/2023 - 17:07 Por Tâmara Freire - Repórter Rádio Nacional - Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro concluiu que o assassinato do cinegrafista Thiago da Motta foi praticado por razões políticas e denunciou o policial penal Marcelo de Lima, acusado pelo crime, por homicídio triplamente qualificado. 

Os dois estavam em uma pizzaria próxima ao Maracanã no último dia 1º de abril, depois da partida entre Flamengo e Fluminense, que tinha sido realizada no estádio. Após uma discussão, Marcelo atirou diversas vezes contra Thiago e o amigo dele Bruno Tonini, matando o primeiro e ferindo o segundo. Bruno foi socorrido em estado grave, e continua internado, mas já apresenta melhoras. 

No entanto, de acordo com a denúncia, a discussão não foi por futebol. Testemunhas afirmaram que Marcelo fez ofensas em voz alta contra petistas, os chamando de burros e ladrões, o que provocou a revolta das vítimas. Depois disso, Marcelo teria disparado contra os dois amigos. 

Para o MP, o policial penal manifestou vontade livre e consciente de matar, e Bruno só não morreu, também, porque recebeu atendimento médico eficaz com muita rapidez.

A denúncia também sustenta que os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas, provocando perigo comum, já que a arma foi disparada em via pública, em meio a grande circulação de pessoas, e dificultando a defesa das vítimas, que foram pegas desprevenidas. Por isso, o homicídio foi triplamente qualificado. 

Agora, cabe à 4ª vara criminal da capital decidir se aceita a denúncia e torna Marcelo de Lima réu pelo crime. Ele foi preso em flagrante no dia do assassinato e permanece detido na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, destinada a policiais civis e penais da ativa. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Marcelo, mas na audiência de custódia que converteu sua prisão em flagrante para preventiva, o policial alegou que agiu em legítima defesa.  

Edição: Paula Ribeiro / Alessandra Esteves

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