A presença de segurança armada nas escolas não reduz o risco de ataques violentos.
A afirmação é de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Educação da Universidade de Campinas em São Paulo, a Unicamp. Eles estudam há anos os ataques violentos ocorridos em escolas no Brasil.
De acordo Danila Pietro, professora e pesquisadora desse grupo de pesquisa, a presença de segurança armada nas escolas estaduais, como determinada pelo Governo de Santa Catarina depois dos ataques em Blumenau, não reduz esse tipo de violência.
De acordo com a pesquisadora, é compreensível que famílias e escolas valorizem o policiamento nos locais, mas a medida não pode ser imposta. Precisa ser decida em diálogo com a comunidade escolar. E os policiais devem ficar da porta para fora. Isso porque eles não são preparados para lidar com crianças e adolescentes no ambiente escolar e, também, para não promover a hostilidade.
Para a professora, famílias, crianças, adolescentes e escolas precisam andar juntos. Atentos uns aos outros. E precisam conversar entre si para encontrar as soluções mais adequadas para cada realidade. Não existem respostas prontas. E a professora Danila reforça que sempre em caso de ameaças, ao invés de espalhar o conteúdo pelas redes sociais, é preciso direcionar para os locais corretos.
O canal de denúncias do governo federal é o mj.gov.br/escolasegura.