Dois bares no entorno da arena Allianz Parque, o estádio do Palmeiras na zona oeste paulista, foram lacrados por fiscais da prefeitura, pela venda de bebidas alcoólicas em dia de jogo.
A ação aconteceu na sexta-feira, porque no dia anterior, o Palmeiras recebeu o São Paulo e foi constatada a venda de bebidas. Ao ficarem sabendo, outros bares na área fecharam as portas antes da chegada dos agentes públicos.
A ação da prefeitura paulistana cumpre uma lei estadual de 1996, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas num raio de 200 metros de estádios, em dias de partida.
Mas a fiscalização se intensificou desde o incidente do último dia 8, quando uma confusão entre torcedores do Palmeiras e do Flamengo resultou em ferimentos no pescoço de Gabriela Anielli, de 23 anos, que morreu dois dias depois. Ela foi atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro atirada durante o tumulto.
Os agentes da prefeitura apreenderam 350 garrafas de vidro, autuaram um food truck que operava sem licença municipal e ainda uma Kombi, que abastecia irregularmente os isopores, com bebidas alcoólicas em garrafas de vidro. A limpeza urbana depois do jogo coletou uma tonelada de vidro nos pontos de entrega voluntária da área do estádio.
Sobre o tumulto que causou a morte da jovem palmeirense, a polícia civil paulista trabalha para localizar quem é o homem de barba e camisa e cinza que aparece arremessando a garrafa nas imagens de câmeras.
Em nota, foi informado que está sendo feita a reconstituição digital de imagens que, junto com os depoimentos de testemunhas, vai ajudar nas investigações.
O primeiro suspeito, Leonardo Santiago, que chegou a ser preso na segunda-feira passada, foi solto dois dias depois à pedido da promotoria pública de São Paulo. A justificativa é que ele não sua barba e estava vestido com a camisa do Flamengo.