Prefeitura de São Paulo vai instalar 200 câmeras no centro da cidade
A prefeitura de São Paulo assinou nesta segunda-feira (7) o contrato com um consórcio de empresas que vai administrar o sistema de câmeras conhecido como Smart Sampa. 
De acordo com a prefeitura, serão instaladas neste ano mais de 200 câmeras no centro de São Paulo, com reconhecimento facial automático para ajudar a reconhecer foragidos da justiça na região central, além de identificar possíveis desaparecidos. As câmeras também serão usadas para registrar delitos em andamento e, nesse caso, as autoridades policiais serão acionadas imediatamente. É o que explicou o secretário adjunto da secretaria de segurança urbana, Junior Fagotti.
A meta é colocar 20 mil câmeras em toda a cidade até o fim do ano que vem, além de integrar 20 mil câmeras privadas e de outras concessionárias. O investimento da concessionária no sistema será de quase R$ 10 milhões.
Uma preocupação dos críticos do sistema é com seu uso para violação da privacidade e para burlar a lei geral de proteção dos dados, conforme explicou o pesquisador de direitos digitais do Idec, Luã Cruz.
Mas a prefeitura afirma que haverá 2 comitês, um que garantirá o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados, adotando medidas para restringir o acesso das informações das câmeras a poucas autoridades. E outro comitê, do Smart Sampa, irá avaliar se a imagem identificada de um eventual foragido da justiça corresponde realmente à pessoa procurada.
Ainda assim, Luã afirma que o sistema possui algoritmos que falham na identificação de pessoas negras, e que por isso há uma campanha em curso, a “Tire meu rosto da sua mira”, contra a instalação desse sistema.
Apesar de afirmar que não haverá participação de entidades da sociedade civil nos comitês, a prefeitura afirmou que apresentará os dados mensais do Smart Sampa, de forma transparente.
