Noventa por cento das prisões feitas pela polícia paulista na Operação Escudo, na baixada santista, não tiveram apreensão de armas. A informação está em relatório da Defensoria Pública de São Paulo.
No total, houve 228 prisões, sendo 148 em flagrante. Segundo o órgão, que obteve dados de 170 dessas prisões, também não houve apreensão de drogas em quase 70% dos casos. E 55% - ou mais da metade dos detidos - eram réus primários.
Dezoito pessoas foram mortas durante a operação, entre os dias 28 de julho e 15 de agosto, iniciadas no dia seguinte à morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, em Guarujá, atingido por um disparo durante o patrulhamento em uma comunidade.
Segundo o balanço da Secretaria de Segurança Pública dessa quarta-feira, 447 pessoas foram presas, sendo 153 procurados da Justiça. A apreensão de drogas chegou a quase 870 quilos no período. Em relação a armas, foram apreendidas 58 armas, entre pistolas e fuzis.
A Defensoria também traçou um perfil dos presos: 35% deles, isto é, um em cada três, têm entre 18 e 24 anos, e 16% têm entre 25 e 29 anos. A maioria, ou 60%, se considera pardo.