A Polícia Civil está investigando a morte do torcedor são-paulino Rafael Garcia, no domingo, durante a comemoração do título do São Paulo, na Copa do Brasil, do lado de fora do estádio do Morumbi.
Ele morreu em consequência de um tiro na cabeça, de acordo com o atestado de óbito divulgado pela família nesta terça (26). O rapaz tinha 32 anos e fazia parte da torcida organizada independente. Deficiente auditivo, Rafael era também um dos líderes do movimento Surdos Tricolores, ligado à torcida.
De acordo com o boletim de ocorrência, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, policiais militares estavam nas proximidades dos portões 6 e 7 do Morumbi, quando torcedores do São Paulo tentaram invadir a área de isolamento para acessar o estádio. Os PMs conseguiram impedir o acesso; e teriam sido atingidos por objetos arremessados pelos torcedores.
Para conter os torcedores, os policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes. Pouco depois, Rafael foi encontrado ferido na cabeça, desacordado no chão.
O caso foi registrado como homicídio e é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa. A Ouvidoria das polícias também vai acompanhar o caso.
Essa foi a segunda morte de torcedor provocada em dia de jogo, neste ano, em São Paulo. Em julho, a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu dias depois de ser atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro, arremessada por um torcedor do Flamengo, na àrea externa de uma arena, durante confronto entre torcedores dos dois times.