Nova operação contra milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro cumpre, nesta terça-feira (19), 12 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão. É a segunda fase da operação Dinastia, da Polícia Federal, com apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual.
Entre os procurados está Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como “Zinho”, chefe da maior organização criminosa paramilitar do estado. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio.
O objetivo da ação é desarticular o núcleo financeiro da milícia, identificando toda a estrutura de imposição de “taxas” ilegais cobradas a grandes empresas e pequenos comerciantes locais, bem como as contas correntes beneficiárias dessas cobranças. A polícia identificou os responsáveis pela ocultação desses valores arrecadados de forma ilegal.
Esta segunda fase da investigação é um desdobramento da operação iniciada em agosto do ano passado, na qual oito pessoas foram presas.
Em ação realizada nessa segunda, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão para investigar o núcleo político do grupo. Ninguém foi preso, mas a deputada estadual Lucinha, do PSD, foi afastada do cargo.
As investigações apontam que a parlamentar e a assessora, Ariane de Afonso Lima, tiveram pelo menos 15 encontros com os integrantes da milícia. Os agentes apreenderam R$ 148 mil em espécie e duas armas na casa da deputada, celulares, computadores e mídias, além de documentos diversos para a investigação.