O governo de São Paulo irá adquirir 12 mil novas câmeras portáteis para uso de suas forças de segurança. O edital para contratação foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial. O número representa um acréscimo de 18% em relação ao contrato anterior, que se encerra agora em junho e disponibilizava pouco mais de 10 mil câmeras corporais para a Polícia Militar. 
Nas novas câmeras corporais haverá integração com o Programa Muralha Paulista, com capacidade de identificar foragidos da justiça e placas de veículos roubados, além da possibilidade de compartilhamento automático dos registros com o Ministério Público e demais órgãos de controle.
O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, eram críticos do uso do equipamento. O argumento era o de que as câmeras podiam inibir o trabalho dos policiais. Eles chegaram a indicar em entrevistas que o programa poderia ser reduzido ou descontinuado. No entanto, mudaram de posição, agora com a publicação do edital. Guilherme Derrite afirmou que as câmeras corporais são aliadas da sociedade e que irão ajudar nas investigações futuras de qualquer tipo de crime.
Entidades que estudam o tema da segurança pública e direitos humanos como o Conectas, defendem a ampliação do uso de câmeras corporais afirmando que elas são um importante instrumento de controle e fiscalização de abusos por parte de policiais. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve diminuição em mais de 62% na taxa de letalidade policial no estado de São Paulo em 2023 após a adoção das câmeras corporais.
