Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta quarta-feira (28), dez mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e Minas Gerais.
Tudo para acabar com uma organização criminosa suspeita de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, por meio de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central. É a Operação Concierge.
Além das prisões e buscas, também foram determinadas a suspensão das atividades de quase 200 empresas usadas pela organização criminosa para camuflar as transações.
Foi pedida também a suspensão da inscrição de dois advogados junto à OAB, e do registro de 4 contadores. R$ 850 milhões de contas associadas à organização criminosa foram bloqueados.
Segundo a investigação, os criminosos criaram dois bancos digitais onde ofereciam transações financeiras dentro do sistema bancário oficial, de forma oculta. Foram abertas contas por facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas, tributárias e com outros fins ilícitos. As contas desses dois bancos digitais, hospedadas em bancos regulares, movimentaram R$ 7,5 bilhões.
A organização também usou meios de pagamento com máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada, permitindo a lavagem de dinheiro e pagamento de atos ilegais de forma oculta.