Um militar da Marinha foi preso em seu posto de trabalho durante operação da Polícia Federal para reprimir o uso de drones pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
Ele, que tinha mandado de prisão preventiva em aberto, é suspeito de ser o responsável por operar drones lançadores de granadas.
A Operação da Polícia Federal foi deflagrada na manhã desta segunda-feira(16), para combater o uso dessas aeronaves remotamente pilotadas por criminosos contra forças de segurança, facções rivais e milicianos.
Durante a ação, enquanto tentavam cumprir um segundo mandado de prisão, contra o líder da organização criminosa, os policiais federais foram recebidos a tiros no Complexo da Penha, na zona norte.
Quatro moradores foram atingidos por estilhaços de disparos feitos pelos criminosos, a princípio sem gravidade. Para evitar um confronto armado de maiores proporções e preservar a população local, a equipe da operação optou por não prosseguir com a ação.
Os agentes ainda buscavam cumprir três mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio. As investigações começaram depois de um ataque de traficantes contra milicianos, com a utilização de drones equipados com dispensadores capazes de arremessar artefatos explosivos, na comunidade da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio. Além disso, as investigações apontaram que os drones foram usados para monitorar as ações policiais em áreas dominadas pelo grupo criminoso.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual e vão responder pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, cujas penas somadas podem chegar a 14 anos de prisão.