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Festival de Brasília dá início à exibição de filmes na Mostra Competitiva

O primeiro filme exibido foi o curta-metragem Loja de Répteis, de
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/09/2014 - 01:24
 - Atualizado em 18/09/2014 - 07:20
Brasília
Cerimônia de abertura da 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Cerimônia de abertura da 47 edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Primeiro dia da mostra competitiva teve a exibição de três filmesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Aos poucos, o público foi chegando ao Cine Brasília. A exibição dos filmes que participam das duas mostras competitivas do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começou ontem (17) e, após o final das produções, o público pode votar nos seus preferidos para o Troféu Candango. Pouco antes da primeira obra da noite ser exibida, a sala já estava tomada pelo público. A estudante Nathália Mendes chegou cedo para comprar o ingresso. “Estou curiosa para ver os filmes. Vou ficar para assistir aos três”.

O curta-metragem Loja de Répteis, de Pedro Severien deu início à exibição da noite. A ficção chamou a atenção do estudante de cinema Arthur Marquez. “Eu gostei muito da linguagem que eles usaram. Tanto de iluminação como de câmeras. Fiquei mais atento a esta parte técnica”. Já a aluna de engenharia elétrica Natália Aquino demonstrou preferência pelos outros filmes.“Achei [Loja de Répteis] um pouco parado. Não me identifiquei com esse curta.”.

Logo depois, o público pôde acompanhar o documentário Bashar, do diretor Diogo Faggiano. O curta-metragem tratou dos conflitos na Síria. Com diferentes posições sobre a situação do país, chamou atenção pela maneira como foi montado. “Eu achei as escolhas estéticas muito interessantes. Especialmente com relação ao Bashar Al Assad, que só aparece em cena da boca para baixo. Achei isso interessantíssimo”.

Para encerrar a programação da noite, que terminou pouco depois das 23h com a sala ainda cheia, o Cine Brasília exibiu o primeiro longa-metragem do festival: Sem Pena. O documentário do diretor Eugenio Puppo faz um debate sobre a situação da população carcerária no Brasil. Diferenças sociais, dificuldades enfrentadas pelos presos e as falhas na recuperação dessas pessoas foram alguns dos temas abordados.

Ana Carolina Seixas, que é advogada, aprovou. “Achei muito interessante. Mostra um ponto de vista que não é muito demonstrado. De fato, mostra a realidade”. O professor de sociologia Rafael Rangel também demonstrou preferência pelo longa. “É uma aula de sociologia com direito. Tenho certeza que ele pode abrir um debate importante na sociedade”.

Além do Plano Piloto, os mesmos filmes também foram exibidos em outros locais do Distrito Federal: no Teatro Sesc Newton Rossi (Ceilândia), Teatro da Praça (Taguatinga), Colégio do Gama e Teatro de Sobradinho. As duas mostras competitivas exibirão seis longas e 12 curtas durante todo o festival.

Neste primeiro dia de atividades abertas ao público, a população acompanhou também oficinas, seminários e exibições de mostras paralelas. Entre elas está a mostra que presta uma homenagem ao cineasta Eduardo Coutinho, um dos mais importantes documentaristas do país e que foi morto em fevereiro . Este ano, o festival vai ocupar diferentes palcos do Distrito Federal. Além do Cine Brasília e telas das outras quatro cidades, locais como o Museu da República e universidades também recebem eventos da programação.